A evidência atual suporta a noção de que a suplementação com creatina é um suplemento ergogénico útil, que proporciona uma variedade de benefícios , incluindo aumento da força, manutenção e hipertrofia da massa muscular. No entanto, até à data subsistiam preocupações relativamente a possíveis danos derivados da suplementação com creatina na saúde renal, e também a nível hepático. Mais precisamente, teorizou-se que a creatina, quando ingerida em doses suplementares, poderia elevar os níveis plasmáticos de creatinina, diminuir a taxa de filtração glomerular, e elevar os níveis de ureia no plasma. Tipicamente, considera-se a creatinina um indicador da função renal e os seus níveis, quando elevados, podem associar-se a danos renais. Em princípio, a suplementação com creatina poderá elevar os níveis de creatinina, e este aumento representaria um falso indicador de danos renais. A Meta-Análise Em 2019, os investigadores Alexandre Silva e colegas conduziram uma revisão sistemática e met
Atualmente sabemos que o corpo humano sofre alterações ao longo da sua vida, inclusive ao nível do tamanho, e da composição corporal. Neste contexto, frequentemente afirma-se que a taxa metabólica basal diminui ao longo dos anos, declinando de modo mais acentuado desde a meia-idade e ao longo da velhice. Mas será efetivamente isso que acontece? O Estudo Os autores de um artigo publicado em 2021 propuseram-se a caracterizar, de modo detalhado, a evolução do dispêndio energético do ser humano, ao longo das diferentes fases do seu ciclo de vida, inclusive a sua relação com o sexo e a massa magra. Com esse propósito em vista, Pontzer e colegas recorreram a valores de dispêndio energético total, obtidos a partir de uma base de dados de 6421 voluntários (64% do sexo feminino), dos 8 dias aos 95 anos, com recurso ao método da água duplamente marcada. Usaram ainda valores de dispêndio energético basal de 2008 indivíduos, estimados a partir do método calorimetria indireta. Resultados Pri