O peixe é um dos alimentos mais consumidos do planeta e está incluído na maior parte das dietas “saudáveis” que existem por aí.
É também consumido em grandes quantidades pelos fisioculturistas e adeptos do estilo de vida fitness e existem bons motivos para isso.
Os benefícios do peixe
O peixe é uma fonte de proteína de alta qualidade e que costuma ser de fácil acesso e não demasiado cara.
Também irá gostar de saber também que algumas investigações indicam que o peixe sacia mais o apetite em comparação com o frango ou a carne vermelha. (1)
Para além disso, os tipos de peixe magro (como o atum e a pescada) são praticamente isentos de gordura, o que os torna uma excelente escolha para quem deseja perder peso, e mesmo os peixes mais gordos contêm grandes quantidades de gorduras saudáveis em forma de ácidos graxos ômega 3.
O óleo de peixe, que é rico em ômega 3, proporciona vários benefícios para a saúde, incluindo aumento da queima de gordura, diminuição do armazenamento de gordura, diminui a inflamação, alivia a depressão, estabiliza o estado de humor, diminui o risco de problemas cardiovasculares e de AVC´s (2).
O teor elevado de taurina do peixe também pode melhorar os níveis de sensibilidade à insulina e/ou à leptina, o que é ótimo para as pessoas que sofrem de diabetes tipo 2.
O problema do mercúrio
Estas são excelentes razões para consumir peixe, mas nem tudo é positivo no que diz respeito ao consumo de peixe.
O principal motivo de preocupação é o conteúdo de mercúrio do peixe.
O mercúrio, tal como já deve saber, é um metal tóxico que quando se acumula em quantidades excessivas pode provocar uma série de problemas no corpo.
Uma questão que surge com frequência é qual é a quantidade de peixe que pode ser consumida no dia-a-dia de forma a se poder obter os seus benefícios nutricionais e ao mesmo tempo evitar os potenciais problemas relacionados com o mercúrio.
Devido aos potenciais efeitos negativos que o mercúrio pode provocar na saúde, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu limites seguros diários e semanais de ingestão de mercúrio.
As mulheres grávidas ou mulheres que pretendem engravidar, deveriam minimizar a ingestão de mercúrio a partir do peixe de forma a evitarem a possibilidade de ocorrência de defeitos de nascimento.
Pode ver uma lista dos peixes com maior e menor concentração de mercúrio (PPM - Partes por Milhão) nas tabelas abaixo.
Peixe com concentrações mais elevadas de mercúrio
Peixe | Conteúdo de mercúrio |
Cavala | 0.730 |
Tubarão | 0.979 |
Espadarte | 0.995 |
Peixe-batata (Tilefish) | 1.450 |
Peixe e frutos do mar com concentrações mais reduzidas de mercúrio
Peixe | Conteúdo mercúrio | Peixe | Conteúdo mercúrio | Peixe | Conteúdo mercúrio |
Anchovas | 0.017 | Arenque | 0.084 | Vieira | 0.003 |
Peixe-manteiga | 0.058 | Jacksmelt | 0.081 | Shad American | 0.045 |
Peixe-gato | 0.025 | Lagosta | 0.093 | Camarão | 0.009 |
Mexilhão | 0.009 | Sarda | 0.050 | Lula | 0.023 |
Bacalhau | 0.111 | Sarrajão | 0.088 | Tilapia | 0.013 |
Caranguejo | 0.065 | Tainha | 0.050 | Truta | 0.071 |
Lagostim | 0.033 | Ostra | 0.012 | Juliana | 0.031 |
Corvina (atlântico) | 0.065 | Peixe-vermelho | 0.121 | Whitefish | 0.089 |
Solha | 0.056 | Salmão enlatado | 0.008 | Whiting | 0.051 |
eglefim | 0.055 | Salmão fresco | 0.022 | ||
Pescada | 0.079 | Sardinha | 0.013 |
Níveis de mercúrio de outros peixes e frutos do mar
Os peixes com os número mais reduzidos são os melhores, indicando uma menor quantidade de mercúrio por cada serviço de peixe.Para mais informações acerca deste tema, consulte este site da FDA
Numa base diária, os homens deveriam consumir 0.19 ou menos e os peixes com uma quantidade de mercúrio superior a esta só deve ser ingerido no máximo até duas vezes por semanas.
As mulheres deveriam manter-se ao nível diário de 0.14 ou menos, e podem ingerir até 0,38 duas vezes por semana.
Como pode ver, o atum, que forma parte da dieta diária de muitos adeptos do estilo fitness e praticantes de musculação, ultrapassa em muito os níveis aceitáveis de mercúrio, pelo que se deve evitar o seu consumo regular.
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