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É Melhor Perder Peso de Forma Rápida ou Lenta?

A perda de gordura pode proporcionar vários benefícios para a saúde daqueles que têm excesso de peso. ¹⁻² e é uma necessidade imperativa para atletas de determinados desportos e para aqueles que participam em competições de culturismo e similares.³ No entanto, independentemente do ritmo a que se perde peso, há uma série de consequências negativas que são praticamente impossíveis de evitar. Esses efeitos indesejáveis incluem a diminuição da taxa metabólica basal em repouso,⁴ dos níveis de testosterona,⁵ perda de massa magra,⁶ e diminuição da força muscular.⁷⁻⁸ De forma a minimizar esses efeitos negativos, são muitos aqueles que evitam as dietas mais drásticas, do tipo yo-yo e que, em vez disso, aconselham uma perda de peso lenta, por exemplo, de 0,5 kg de peso corporal, por semana.³ O que diz a ciência? Já foram conduzidos variados estudos que procuraram determinar qual a velocidade de perda de peso que melhor preserva a taxa metabólica, a massa magra, bem como os níveis de testosterona
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Restrição Energética Contínua VS Intermitente na Perda de Peso

Até ao momento, a restrição energética contínua, efetuada sem interrupções, tipicamente durante as várias semanas ou meses que duram o regime, representa o método tradicionalmente usado na perda de peso. De forma simplista, neste tipo de regime, cria-se, um défice energético ao ingerir uma quantidade de calorias inferior ao dispêndio energético diário, o que “obriga” o organismo a recorrer às suas próprias reservas de energia, sobretudo ao tecido adiposo, para suportar o gasto diário.  No entanto, a adoção de uma dieta deste tipo promove um ambiente hormonal predominantemente catabólico, e ativa mecanismos corporais (termogénese adaptativa) que conduzem a uma diminuição do dispêndio energético e, desta forma, dificultam ou tornam mais lenta a perda continuada de gordura, e facilitam a recuperação do peso e gordura perdida. Neste contexto, teorizou-se que a interrupção de uma dieta hipocalórica, durante vários dias ou semanas, ao longo dos quais se segue uma dieta normocalórica, permite

Qual é a Quantidade de Proteína Ideal para Manter Massa Muscular em Défice Energético?

Será habitual que os praticantes de musculação, e atletas que realizam treino resistido, alternem entre períodos de excedente energético, e défice energético, com vista a diminuir a sua quantidade de gordura corporal. Num contexto de défice energético, é possível que as necessidades de proteína sejam superiores naqueles que praticam musculação?  Qual será a quantidade de proteína adequada para manter a maior quantidade possível de massa muscular, enquanto se perde gordura? Helms et al. (2014) Com vista a providenciar recomendações de ingestão de proteína nesse contexto, os investigadores Helms e colegas (2014) conduziram uma revisão da literatura existente acerca do tópico. Esta revisão inclui 6 estudos, nos quais participaram indivíduos adultos de ambos os sexos, com uma idade média de 23,4 anos, que contavam com pelo menos 6 meses de experiência de treino resistido, e que tinham uma percentagem de massa gordura “baixa”, igual ou inferior a 23% nos homens, e ≤ 35% nas mulheres.  De no

Maior Volume de Treino = Maior Hipertrofia Muscular

Na eterna discussão entre os defensores de um volume de treino baixo e alta intensidade, ao estilo HIT de Mike Mentzer, contrapõem-se aqueles que favorecem volumes de treino elevados, de acordo com a filosofia de treino de Arnold Schwarzenegger e companhia. Ao longo dos últimos anos, o tema do volume treino também tem sido alvo da atenção de académicos e curiosos da temática. Apenas para clarificar o leitor, o volume de treino, quando o objetivo principal é a hipertrofia muscular, pode ser quantificado pelo número de séries “difíceis” por grupo muscular, conduzidas até perto da falha muscular. Uma revisão sistemática e meta-análise conduzida publicada recentemente teve como objetivo comparar as respostas aos volumes de treino moderados e elevados, em termos de promoção da hipertrofia muscular. Na sua análise, os investigadores incluíram sete estudos controlados, que tiveram uma duração mínima de seis semanas, e cujos participantes tinham entre 18-35 anos, e pelo menos um ano de experiê

Os Substitutos de Refeições Ajudam a Perder Peso?

De modo geral, as recomendações nutricionais emitidas por organizações e saúde, e também por nutricionistas, incluem a ingestão de uma variedade de alimentos integrais ou minimamente processados,¹ em detrimento de suplementos alimentares. Essas recomendações fazem sentido uma vez que os alimentos integrais contêm uma série de nutrimentos e outros compostos potencialmente necessários ou benéficos para a saúde, que poderão não estar presentes em suplementos.²⁻⁴ No entanto, os suplementos alimentares podem apresentar vantagens, incluindo um consumo mais prático de determinados nutrientes, e podem ser úteis em determinados contextos, incluindo os suplementos inseridos numa categoria denominada “Substitutos de Refeições”. Mais especificamente, e assumindo que a gestão das porções consumidas é um dos aspetos fundamentais para o atingimento do sucesso na perda de peso,⁵ é possível que as dietas à base de doses padronizadas de substitutos de refeições possam auxiliar na perda de peso. Esta cat

Qual é a Quantidade de Proteína Ideal para Maximizar a Força e a Massa Muscular?

Tipicamente, os praticantes de musculação almejam obter um físico que, para além de exibir uma percentagem de gordura corporal relativamente baixa, apresente uma musculatura visivelmente desenvolvida, frequentemente ao maior nível possível. Para além destes, e sobretudo com vista a maximizar o seu rendimento, os atletas de desportos de força, assim como os praticantes de outras modalidades desportivas também se interessam particularmente por esta temática.  Neste contexto, os nutricionistas que de algum modo trabalham com estes indivíduos, devem ser capazes de os aconselhar relativamente à quantidade de proteína ideal para maximizar os ganhos de força e de massa muscular, naqueles que executam treino resistido. Será necessária uma dose de proteína superior à recomendada pela EFSA - Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (0,83 g/kg peso)¹ para maximizar os ganhos de força e a hipertrofia muscular em adultos jovens?  Este tópico tem vindo a ser investigado de forma relativame

Qual é a Taxa de Absorção das Proteínas?

É inegável que a ingestão de uma quantidade de proteína superior à >recomendada (0,83 gramas por kg de peso corporal) pode proporcionar vários benefícios, sobretudo para aqueles que procuram ganhar massa muscular, mas também para aqueles que a procuram preservar enquanto seguem dietas para perda de peso. Assim sendo, a maioria daqueles que seguem dietas ricas em proteína preocupam-se imenso em ingerir a quantidade de proteína que está estipulada na sua dieta, mas esquecem-se de verificar se estão realmente a absorver e a utilizar toda essa proteína. Acontece que o trato digestivo só é capaz de absorver uma quantidade limitada de aminoácidos derivados da digestão das várias proteínas que podemos obter a partir da dieta. Essa quantidade vai de 1,3 até a um máximo de 10 gramas por hora ( 1 ). Ritmo de absorção das proteínas alimentares Fonte de proteína Ritmo de absorção (gramas por hora) Ovo cru  1,3g Ervilha  2,4g Ovo cozinhado  2,8g Leite  3,5g Soja (isola